Introdução ao I Ching

O I Ching (易經), ou Livro das Mutações é o nome de um texto chinês antigo escrito, supostamente, pelo lendário Fu Xi, que é atribuído o primeiro Imperador da China datado de tempos imemoriáveis. O nome qual chegou até os dias atuais foi dado por Confúcio, sendo que antes a obra era conhecida apenas como I, que significa "mudança" ou "mutação" em chinês.

Carrega, em seu conteúdo, um caráter tanto metafísico quanto cosmológico, estabelecendo uma ordem de mundo, repercutindo influências no taoismo e confucionismo, as correntes de pensamento mais evidentes na China. Contudo, possui uma leitura também oracular e adivinhatória, tendo a leitura dos traços os elementos (trigramas), quando combinados (hexagramas), a disponibilidade de uma interpretação do futuro. Estes sortilégios foram de grande respeito até mesmo para os imperadores daquele povo qual possui o I Ching em sua cultura.

As moedas utilizadas para traçar as varetas surgiu posteriormente na Dinastia Han (206 a.C. — 220 d.C.), qual cada um dos lados representa um traço inteiro ou quebrado. Mais tarde, quando foi difundido no Japão e séculos depois no Ocidente, o uso destas moedas variou:
▪ Se usar apenas uma moeda, deverá jogá-la seis vezes;
▪ Se usar duas moedas, deverá jogá-las três vezes;
▪ Se usar três moedas, deverá jogá-las duas vezes.

O conceito de "mutação" no I Ching remete à própria noção de mudança para a cultura chinesa. Nela, o mundo não é mutável, e sim, há o que ser mudado nas coisas, e estas se modificam mas, ao mesmo tempo, a natureza mantem uma uniformidade. Logo, o choque entre a mudança e a permanência resultam na ordem do mundo qual deve ser respeitada, e à ser seguida no caso das mentes mais sábias.

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